segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Duas pessoas desaparecem no rio Pardo


Testemunhas disseram que o adolescente sentiu câimbras ao nadar e o tio tentou socorrê-lo


Um homem de 62 anos e seu sobrinho, de 16, desapareceram no rio Pardo, domingo (9), perto do meio dia. O local, quatrocentos metros abaixo da ponte próxima do clube Regatas, tem profundidade de dois a seis metros.
Testemunhas disseram que o adolescente quis nadar, sentiu câimbras, o tio tentou socorrê-lo e os dois afundaram abraçados. Até o final da tarde, os corpos não haviam sido encontrados. As buscas recomeçam na segunda-feira cedo.
Experiente
Antônio Valdomiro era um pescador experiente e respeitava a água. Criou a família, com seis filhos, na beira do Pardo, numa chácara perto da ponte velha de Jurucê, distrito de Jardinópolis. Morava no Jardim Aeroporto, zona Norte e, aos domingos, ia pescar, contou Claudinei, um de seus filhos. "Uma fatalidade. Meu pai e o sobrinho sabiam nadar. Aconteceu alguma coisa", disse.
O adolescente é Victor Guilherme Dias, com 1m80 de altura, também acostumado ao rio. A tragédia só não foi maior porque o outro sobrinho, Caio Vinicius Dias, 12 anos, resolveu permanecer na margem do rio.
Buscas 
Os Bombeiros, com nove homens, usaram a técnica de resgate de emergência até as 15h30. Em seguida, iniciaram a operação padrão, com o uso de oxigênio e outros apetrechos adequados para as buscas mais abrangentes. O tenente Castilho, comandante da operação, disse que seus homens, até o final do dia, tinham inspecionados cerca de quatrocentos metros de rio.
"A água está muito turva e a visibilidade é minima. A correnteza também está forte. Vamos persistir nas buscas", disse. Com o forte calor, é possível, segundo os bombeiros, que os corpos, se não forem localizados, boiem em menos de 48 horas.
‘Rios,  lagoas e represas não são piscinas’
Rios, represas e lagoas não são piscinas,  adverte o tenente Castilho, do Corpo de Bombeiros. "O ideal seria evitá-los. Existe muita sujeira, tipo galhadas,  a visibilidade é ruim, você não enxerga nem a um metro de distância. Em rios, a correnteza  é perigosa. Todo cuidado, ao entrar num lugar  desses,  é pouco".

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