quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Aumento a vereador é revogado em ‘sessão surpresa’


Após pressão popular, parlamentares de Sertãozinho voltam atrás no reajuste que elevaria subsídios para mais de R$ 10 mil em 2013


Após manifestação popular na sessão desta segunda-feira (10), a Câmara de Sertãozinho revogou nesta terça-feira (11), em extraordinária anunciada na hora, o aumento em 25,6% no subsídio dos vereadores para 2013. A majoração foi aprovada na segunda-feira (3) e eleva o salário de R$ 7.977 para R$ 10.020.
Apesar da aprovação, a subseção da OAB em Sertãozinho vai pedir nova extraordinária. Eles temem uma manobra que possa invalidar a sessão, e por consequência, a revogação do reajuste.
Mesmo com a pressão popular, o presidente de Câmara, José Aprígio Baptista de Oliveira, o Zé Aprígio (PMDB), dizia nesta segunda que não revogaria a lei. "Fizemos uma reunião entre os vereadores na segunda-feira à noite e resolvemos revogar o projeto. Eu ainda era contra, mas a maioria optou por esta decisão."
Os vereadores Luiz Augusto da Silva, o Luizão Caminhoneiro (PTB), que foi contra o reajuste, e Rogério Magrini dos Santos, o Zezinho Atrapalhado (PTB), ausente no dia da aprovação, não foram chamados para a reunião.
"Eu não estava sabendo da votação, não fui avisado. Eu me levantei naquela hora para ir ao banheiro", diz o vereador.
O número de manifestantes que assistiam à sessão foi reduzido comparado a esta segunda, mas comemoram a revogação do aumento do subsídio.
"Foi a nossa pressão popular que fez com eles voltassem atrás. Fomos nós que conseguimos isso", comemora o engenheiro Bruno Crippa, 26 anos.
Sessão surpresa assusta
A convocação de uma sessão extraordinária, segundo o regimento interno da Câmara, deve ser anunciada 24 horas antes e o assunto deve estar em pauta. Porém, o presidente da Casa nega a possibilidade de haver problema por conta disso. "Eu avisei os vereadores durante reunião ontem [segunda] à noite. É só a eles que eu tenho que avisar, diz Aprígio.
Luizão Caminhoneiro, entretanto, teme que os outros vereadores tenham feito uma manobra. "Eu acho que depois vão voltar atrás, alegando que não valeu [a extraordinária]. Isso foi feito para segurar o projeto de iniciativa popular que ia colher as assinaturas", opina o vereador.

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